VLT GOIÂNIA: SUGESTÕES
Infelizmente, a assinatura do contrato para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Anhanguera em Goiânia foi um fiasco. Isso demonstra que a população não precisa esperar o início das obras no ano de 2014, como prometido pelo governo estadual. Enquanto a obra não sai e o projeto é revisto, temos algumas colocações:
Próximo aos Terminais Padre Pelágio e Praça da Bíblia, existem, hoje, pontos de embarque de ônibus rodoviários nada confortáveis e funcionais. O embarque é feito na rua, colocando em risco a integridade física dos passageiros, além de não se ter o mínimo de conforto, com embarques debaixo de sol e chuva. E o grande fluxo de ônibus provoca congestionamentos e estrangulamentos do tráfego nos locais. Por que não poderiam ser construídos Estações de Embarque Rodoviário anexas aos Terminais Padre Pelágio e Praça da Bíblia do VLT? Estações confortáveis e funcionais que melhorariam a qualidade de vida dos cidadãos e melhorariam o trânsito na região. O futuro corredor de ônibus Independência poderia ser utilizado pelos ônibus de viagem que deixassem a Rodoviária Central rumo à Campinas e à Vila Nova (BR-153).
Também seria muito
interessante se a Estação Dergo do VLT tivesse o Terminal Rodoviário de
Campinas anexo. Aquela área desocupada na Avenida Anhanguera em frente ao
Terminal Rodoviário poderia ser utilizada para a construção da Estação Dergo.
Acreditamos que esta nova localização da estação seria muito mais adequada que manter o Terminal
no mesmo lugar.
São sugestões que entendemos que deveriam ser levadas em
consideração, pois trariam qualidade à mobilidade no tecido urbano de Goiânia.
Outro ponto: no projeto do VLT, não consta, mas as estações Bandeirantes do VLT e
do BRT Norte Sul (a ser implantado) deveriam ser conectadas permitindo a baldeação VLT e BRT, sem nova cobrança tarifária.
Permitir esta integração será um grande avanço para facilitar a movimentação
dos usuários do transporte coletivo da Região Metropolitana.
Quanto aos trechos
subterrâneos do VLT, cremos que o primeiro deveria começar no córrego Botafogo e
terminar no córrego Cascavel, abrangendo todo o Setor Central e o Setor Campinas. O segundo trecho subterrâneo, devido ao caos hoje já
instalado na Avenida Anhanguera, seria da Rodovia BR-153 até o Terminal Praça da
Bíblia.
Aliás, entende-se que Goiânia necessita, na verdade, mais de linha de metrô do que propriamente VLT e BRT, não
apenas no sentido Leste-Oeste e Norte-Sul, mas em outros trechos também. E,
claro, sempre mantendo a integração entre os diversos modais sem necessidade de nova tarifação.
SUGESTÕES
Propõe-se ao Executivo goiano as seguintes alterações e complementações no projeto:
1) Caso existam trechos subterrâneos, que estes sejam do
córrego Botafogo ao córrego Cascavel. E, também, entre a BR-153 e o Terminal
Praça da Bíblia.
2) Construção de pontos de embarque rodoviários anexos ao Terminais Praça da Bíblia e Padre Pelágio.
3) Alterar o local do Terminal Dergo para área em frente ao
Terminal Rodoviário de Campinas, de forma que a rodoviária esteja anexa à
estação do VLT.
4) Integração entre o VLT Leste-Oeste e BRT Norte-Sul através da Estação Bandeirantes, permitindo a baldeação sem nova cobrança tarifária.
5) Construção de viaduto e trincheira na intersecção da Avenida Anhanguera com a Avenida Leste-Oeste, de forma que as composições não parem naquele cruzamento. Um projeto arrojado (que lembra as autoestradas estadunidenses, será que é sonhar demais?), certamente, permitirá a fluidez adequada em todos os sentidos das duas vias) e os veículos sobre trilhos poderão avançar sem paradas que atrasarão a viagem.
6) Implantação do Corredor preferencial de ônibus Independência, permitindo o tráfego dos ônibus rodoviários que deixem as rodoviárias Central e de Campinas.
7) Alteração do atual trajeto da Avenida Anhanguera no Jardim Novo Mundo. O novo trajeto da avenida seguiria o leito das Avenidas Campos Elíseos, Manchester e Anápolis até a Rodovia GO-010 (que receberiam o nome de Avenida Anhanguera), permitindo a extensão do BRT ou VLT ou, quem sabe, metrô até a Vila Pedroso, Jardim das Oliveiras (Senador Canedo), Bonfinópolis e Goianápolis. A atual Avenida Anhanguera no Jardim Novo Mundo, voltaria à designação antiga: Avenida Montevidéu. Propõe-se, também, a alteração da locação do Terminal Novo Mundo. Diferentemente do local previsto no projeto, sugere-se duas áreas na Avenida Manchester. A primeira opção uma área ao lado do futuro leito da Avenida Leste-Oeste e, uma segunda opção, área localizada em frente à Indústria de Laticínios Itambé.
8) Recuperação do traçado original da Praça Atílio Correia Lima (Praça do Bandeirante) resgatando o plano original de Goiânia. Esta praça foi destruída quando da reforma da Avenida Anhanguera e implantação do atual BRT.
9) Considerando que o Terminal Praça A será deslocado para leste, deixando de se situar na praça de mesmo nome e passando a ocupar parte da Praça Jeová Bailão, no Setor Coimbra, sugerimos a alteração do nome da estação para "Terminal Coimbra" ou "Terminal Jeová".
10) Estudo sobre a viabilidade de implantação de linhas de metrô no lugar do VLT Anhanguera e BRT Norte-Sul a ser realizado por técnicos independentes e em parcerias com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás (IFG).
O projeto do VLT contará com financiamento estadual, federal e privado (Odebrecht Transport e Consórcio RMTC). O BRT contará com investimentos do município de Goiânia, do Estado de Goiás (o governo estadual é responsável pelo trecho do BRT em Aparecida de Goiânia) e do Governo Federal.
RESPOSTAS DAS AUTORIDADES
Foram realizados contatos eletrônicos com órgãos das esferas federal, estadual e municipal. A seguir, o posicionamento da cada entidade consultada:- Presidência da República: agradeceu o contato e as sugestões.
- Ministério das Cidades: não respondeu.
- ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres: mensagem cadastrada, sob o número de protocolo de atendimento 1754978 (A ANTT foi contatada por conta dos pontos de embarques rodoviários no perímetro urbano de Goiânia).
- Ministério Público Federal (Procuradoria da República em Goiás): encaminhou a solicitação ao MP-GO.
- Governo do Estado de Goiás: não respondeu.
- Secretaria de Estado da Casa Civil: não respondeu.
- Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana (responsável pelo projeto do VLT): não respondeu.
- AGR - Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos: não respondeu.
- Assembleia Legislativa do Estado de Goiás: não respondeu.
- Prefeitura Municipal de Goiânia: solicitou que contato fosse realizado junto à CMTC.
- CMTC - Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo: não respondeu.
- Odebrecht Transport: não respondeu.
- Consórcio RMTC - Rede Metropolitana do Transporte Coletivo: não respondeu.
- Ministério Público do Estado de Goiás: "(...) esclarecemos também que, a princípio, não há legitimidade do Ministério Público para ingerir, uma vez inexistente ilegalidade eloquente que justifique a atuação ministerial, tratando-se de assunto relacionado à discricionariedade da Administração Pública. De todo modo, desejando obter informações sobre a atuação do Ministério Público em questões do transporte coletivo, contate diretamente a 12ª Promotoria por meio do telefone (62) 3243-8649/8090, ou pessoalmente no Edifício Sede do Ministério Público Estadual, localizado na Rua 23, esq. com a Av. Fued José Sebba, Qd. A 06, Lts. 15/24, Jardim Goiás, Goiânia - Goiás - CEP: 74.805-100".
- 12ª PJ MP-GO: encaminhado e-mail. Sem retorno.
Atendimento registrado sob o número 201400148455 e distribuído à 12ª Promotoria de Justiça do MP-GO.
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